Um poema que a meu ver se enquadra com o nosso último passeio.
"Vieram os cavaleiros e povoaram o dia,
traziam lanças espadas e broquéis
montados em levíssimos corcéis.
Vieram em hordas galopantes, crinas ao vento,
corações de aço, ensopados os corpos
no suor acre dos animais,
anunciar que hoje se cumprem os sinais
da última noite que encerra as demais
O sol mergulhou em câmara ardente, lago infernal
de vulcão latente e aquecendo-se as gentes, as iludiu
julgando-se estas em tempo de benção permanente
Nos corações mais amenos, escondeu o sol os seus raios,
e nos cavaleiros os homens viram apenas,
a imagem flutuante do sonho.
Quando veio a noite e os céus se rasgaram em violáceas
pinceladas de roxo azulado e denso, e do céu caíram nuvens
de negro incenso, os homens guardaram o sonho
E os cavaleiros entraram por ele a dentro com suas espadas
e faces sem rosto
Das suas mãos negras saíram golpes de fogo
e os homens no seu sono, montaram os fogosos corcéis,
para desaparecer no rasto de mil sóis sem retorno
como nos contos imorais, presos aos cabelos esvoaçantes
de mulheres incandescentes, corpos celestiais,
onde o desejo se prende e não se sacia jamais.
vieram os cavaleiros e o coração dos homens não leu os seus lúgubres sinais."
Antero de Quental.
Saudações Equestres..
Nuno
quinta-feira, novembro 16, 2006
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1 comentário:
Então pessoal?!...
Parece que está tudo a hibernar!!!
Vamos lá a retomar a actividade, a Golegã já lá vai! Há que pensar no próximo evento...
Saudações equestres,
Filipa
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